Psicopatologias

A utopia pode ter muitos defeitos,mas, pelo menos, uma virtude tem: ela nos faz caminhar.






14 Dicas para Trabalhar em Sala de Aula com Estudantes Portadores do
 Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade – TDA/H

Antes de tudo, é bom lembrar que a responsabilidade de diagnosticar e tratar o estudante com TDA/H é dos pais e não dos professores, mas você pode e deve ajudar no processo.
O TDA/H causa dificuldades de aprendizagem por afetar a concentração e a atenção. Estudantes com esse transtorno necessitam que a escola desenvolva estratégias para seu aprendizado.
1. Prepare-se para suportar - Ser um professor na sala de aula onde há pelo menos dois alunos com TDA/H pode ser extremamente cansativo. Tenha certeza de que há uma pessoa com conhecimento à qual você possa consultar quando tiver um problema. Não tenha medo de pedir ajuda. Você, como professor, não pode querer ser uma especialista em TDAH. Você deve sentir-se confortável em pedir ajuda quando achar necessário.
2. Lembre-se de que os alunos com TDA/H necessitam de estruturação - Eles precisam organizar o ambiente externo, já que não podem se estruturar internamente, salas muito barulhentas e desorganizadas agravam ainda mais a atenção destes alunos.
Estudantes com TDAH se beneficiam enormemente quando têm uma lista para consultar quando se perdem no que estão fazendo. Elas necessitam de algo para fazê-las lembrar das coisas. Eles necessitam de repetições.  Fique atento à organização de cadernos e anotações no diário. Repita os avisos na medida em que a hora for se aproximando.
3. Estabeleça regras - Os alunos com hiperatividade precisam de regras claras, sabendo o que é esperado deles. É preciso, entretanto, ter cuidado na forma de cobrar essas regras, elogie os acertos, exercite o estímulo ao invés de palavras depreciativas.
4. OLHE SEMPRE NOS OLHOS - Você pode "trazer de volta" uma criança TDA/H através dos olhos nos olhos. Faça isto sempre. Um olhar pode tirar o aluno do seu devaneio. Prefira falar uma só vez aproximando-se dele e olhando-o nos olhos. Isto deve ser devagar e com calma, não de modo punitivo. Faça isto consistentemente, imediatamente e honestamente. Não seja complicado, falando sem parar. Estas discussões longas são apenas diversão. Seja firme.
5. Na sala de aula coloque a criança sentada próxima à sua mesa ou próxima de onde você fica a maior parte do tempo. Isto ajuda a evitar a distração que prejudica tanto estas crianças.
6. Propicie uma espécie de válvula de escape como, por exemplo, sair da sala de aula por alguns instantes. Permita ao aluno deixar a sala de aula ao invés de se desligar dela e, fazendo isto, o aluno começa a aprender importantes meios de auto-observação.
7. Monitore o progresso - Alunos com TDA/H se beneficiam enormemente com o frequente retorno do seu resultado. Isto ajuda a mantê-los na linha, possibilita a eles saber o que é esperado e se eles estão atingindo as suas metas, e pode ser muito encorajador.
8. Esforce-se e não se dê satisfeito, tanto quanto puder - Estas crianças convivem com o fracasso, e precisam de tudo de positivo que você puder oferecer. O fracasso não pode ser enfatizado: estas crianças precisam e se beneficiam com os elogios. Elas adoram o encorajamento. Elas absorvem e crescem com isto. E sem isto elas retrocedem e murcham. Frequentemente o mais devastador aspecto da TDAH não é TDAH propriamente dita e sim o prejuízo à autoestima. Então, alimente estas crianças com encorajamento e elogios.
9. A memória é FREQUENTEMENTE um problema para eles - Eles normalmente têm problemas com a Memória do Trabalho Ativa, o espaço disponível no quadro da sua mente, por assim dizer. Qualquer coisa que você inventar - rimas, códigos, dicas - pode ajudar muita a aumentar a memória.
10. Avise sobre o que vai falar antes de falar - Já que muitos alunos com TDA/H aprendem melhor visualmente do que pela voz, se você puder escrever o que será falado poderá ser de muita ajuda. Este tipo de estruturação põe as idéias no lugar.
11. Acostume-se a dar retorno, o que vai ajudar a criança a se tornar auto-observadora. Crianças com TDAH tendem a não ser auto-observadora. Elas normalmente não têm idéia de como vão ou como têm se comportado. Tente informá-las de modo construtivo. Faça perguntas do tipo: Você sabe o que fez? Você acha que poderia ter feito isso de forma diferente?
12. Se o aluno parece ter problemas com as dicas sociais, linguagem do corpo, tom de voz, tente discretamente oferecer sinais específicos e explícitos, como uma espécie de treinamento social. Por exemplo, diga: antes de falar, procure ouvir primeiro o que seu colega tem a dizer ou olhe para a pessoa enquanto ela está falando. Muitas crianças com TDA/H são vistas como indiferentes ou egocêntricas, quando de fato elas apenas não aprenderam a interagir.
13. Sempre que possível, prepare para que cada aluno tenha um companheiro de estudo, um companheiro pode ajudar o estudante a focar a atenção nas tarefas já que este aluno se distrai facilmente (precisa ser um colega indicado pelo professor)
14 - Esteja sempre atento às dicas do momento. Estes alunos são muitos mais talentosos e artísticos do que parecem. Eles são cheios de criatividade, alegria, espontaneidade e bom humor. Eles tendem a ser generosos de espírito, felizes em poder ajudar alguém. Eles normalmente têm algo especial que engrandece qualquer coisa em que estão envolvidas.

Lembre-se de que no meio do barulho existe uma sinfonia, uma sinfonia que precisa ser escrita.


 ATITUDES PARA LIDAR COM ALUNOS PORTADORES DO
           TOD (Transtorno de Oposição Desafio)


      O Transtorno de Oposição Desafio (TOD) pode ser definido como um padrão persistente de comportamento negativista, hostis, desafiadores e desobedientes observados nas interações sociais da criança com adultos e figuras de autoridade de uma forma geral, sejam pais, tios, avós ou professores. É uma das comorbidades que mais acompanham a criança portadora de TDA/A (Transtorno de Atenção com ou sem Hiperatividade). As crianças com TOD perdem facilmente a paciência, discutem com os adultos, desafiam e recusam obedecer a solicitações ou regras. Incomodam deliberadamente os outros, não assumem os seus erros e estão quase sempre irritadas.
Devido aos sintomas mencionados, existem nessas crianças ou adolescentes um prejuízo significativo no funcionamento social e acadêmico. Estão constantemente envolvidas em discussões e são muitas vezes rejeitadas pelos colegas da escola, o que lhes traz problemas a nível da autoestima.
Apresentamos abaixo uma lista de desafios comuns enfrentados pelos alunos com TOD e pelos profissionais que com eles lidam, bem como as possíveis adequações que podem ajudar em seu sucesso na escola.
  1. Sente o aluno sempre na frente ou o mais próximo possível de você, longe de distrações.
  2. Se ele tem ações negativas, procure colocá-lo perto de um colega que seja um bom exemplo para turma.
  3. Se o aluno não for capaz de terminar uma tarefa no tempo permitido, tente permitir um tempo extra para ele terminar a tarefa solicitada.
  4. Se o aluno tem dificuldades em seguir instruções, tente combinar instruções por escrito com as instruções faladas. As instruções e ordens precisam ser dadas presencialmente, tendo a certeza de que ele as compreendeu.
  5. Se o aluno se distrai facilmente, tente estimulá-lo através de um sinal combinado com ele.
  6. Se o aluno tenta exibir um comportamento para chamar a atenção, tente ignorar os comportamentos impróprios. Não dê muita ênfase a uma atitude que pode ser relevada.
  7. Se o aluno responde impulsivamente ou interrompe os outros tente considerar sua posição apenas quando o aluno erguer a mão e for autorizado a falar.
  8. O aluno irá necessitar de ajuda, por um tempo prolongado, para “melhorar” o comportamento. Mostre-se paciente, estabeleça metas e dê retornos quanto às suas atitudes quer sejam positivas ou negativas. Ex. Percebo que você está reagindo da forma correta nesta situação ou percebo que você ainda não esta conseguindo agir conforme combinamos.
  9. Se seu aluno tem dificuldade em manter a atenção por longos períodos procure fazer curtas pausas entre os trabalhos.
  10. Se o aluno não trabalha bem em equipe ou parece solitário, tente encorajar as tarefas cooperativas de aprendizado.
  11. Se o aluno não é respeitado pelos colegas, tente atribuir-lhe responsabilidades na presença dos colegas.
  12. Se o aluno tem baixo autoestima ou se frustra facilmente, tente elogiar comportamentos positivos.
  13. Se o aluno fica enraivecido facilmente, oriente-o a evitar situações que provoquem raiva. 




AUTISMO

Os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.
  • Dificuldade em juntar-se com outras pessoas;
  • Insistência com gestos idêntico;
  • Risos e sorrisos inapropriados;
  • Não temer os perigos;
  • pouco contato visual;
  • Pequena resposta aos métodos normais de ensino;
  • Brinquedos muitas vezes interrompidos;
  • Aparente sensibilidade à dor;
  • Ecolalia (repetição de palavras ou frases)
  • Preferência por estar só; conduta reservada;
  • Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente;
  • Gosta de girar objetos;
  • Hiper ou hipo atividade física.
  • Mostra angústia sem razão aparente;
  • Atua como se fosse surdo;
  • apego inapropriado a objetos;
  • Dificuldade em expressar suas necessidades, emprega gestos ou sinais em vez de palavras.

Débora Guimarães

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